sábado, junho 25, 2011

Centro Cultural UFMG promove oficina sobre a dança e o movimento soul


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Dançarinos em ação no Quarteirão do Soul, em Belo Horizonte




O Centro Cultural UFMG oferece, nas manhãs de sábado, das 10h às 11h30, oficina de Soul Dance Music. A atividade, que vai acontecer até o final do ano, pretende proporcionar à comunidade a chance de aprender sobre a filosofia e os passos do soul, da forma como o ritmo se apresenta no tradicional Quarteirão do Soul, no Centro de Belo Horizonte, e no Baile da Saudade, em Venda Nova, entre outros eventos.

O objetivo é contribuir para a afirmação e a continuidade do movimento soul na capital. Diversos aspectos serão abordados, tanto no campo artístico quanto no cultural e político, com presença de especialistas para debates. A equipe envolvida na oficina é formada por Márcia Nascimento Rodrigues, Everton Silva Pereira, Eduardo Silva Pereira e Mara Lucia Santos, graduandos e/ou servidores da UFMG, além de integrantes de outros grupos de soul.

As inscrições são gratuitas e os candidatos poderão iniciar as atividades em qualquer sábado. Informações: 3409-8291.

sábado, fevereiro 26, 2011

Myrna Porcaro


Nem a conhecia, aliás já vi nas páginas de revistas, mas após ler esta reportagem, que recebi por e-mail, fiquei fã.
Estes são alguns projetos de Myrna Porcaro e a entrevista logo a seguir.



Arquiteta mineira associada à ABD fala sobre os desafios e as conquistas no decorrer de seus 19 anos de profissão.
A realização de um sonho alimentado desde a infância. Para a mineira Myrna Porcaro esse é o significado de sua formação em arquitetura. "Minha tia era arquiteta e eu costumava me divertir muito em visitas a obras. Sonho com essa carreira desde os dez anos de idade." Após concluir seu curso na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a profissional mudou-se para a França onde estudou durante três anos. Ao voltar para o Brasil em 1989, Myrna abriu seu escritório em Belo Horizonte e, desde então, continua apaixonada por tudo que faz e tem conquistado, cada vez mais, seu espaço no mercado nacional e internacional.
Quando e como foi seu primeiro projeto?
Foi a loja de um ex-namorado. Ele vendia motocicletas e comprou um imóvel da década de 20. Foi muito interessante. Reformamos sem perder a originalidade. Eu gostei e ele também ficou muito satisfeito. Depois disso, fiz uma casa de campo para um amigo. E nunca mais parei de projetar. Hoje, você tem um nome reconhecido no mercado.
Como você alcançou esse prestígio?
Eu devo muito à Casa Cor. Participo da Mostra desde 1996 e de lá saiu, além de muitos prêmios e reconhecimento, uma demanda muito grande de clientes. Sem dúvida, é o grande evento de formação de opinião no Brasil onde todos os clientes que querem projetar ou reformular seus espaços vão em busca de referências. Esses eventos contribuíram muito. No entanto, eu luto muito contra essa idéia de celebridade inacessível. Somos todos iguais. Gosto de buscar referências. Atendo todo tipo de cliente, cada qual com a sua necessidade específica. Se, hoje, eu conquistei meu espaço no mercado, foi por me dedicar, amar a minha profissão e fazer tudo com muito apreço.
Fale sobre a sua relação com os clientes.
Eu procuro ser muito flexível. Apesar de minha receita preferida ser contemporânea, eu não costumo impor nada ao cliente. O dinheiro é dele e a obra também. Se meu cliente quer algo rústico, clássico, ou de qualquer outro estilo eu não discuto. Só me preocupo em vetar os excessos.
Já recusou projetos?
Sim, por vários motivos. Ma na maioria das vezes é por não poder me comprometer, por falta de tempo. Eu conheço meus limites. E, além disso, gosto de acompanhar tudo de perto. Seja em Belo Horizonte, em São Paulo ou em Paris. Se não for para ter a minha marca impressa, se eu não puder verificar todos os detalhes, prefiro não assumir. Não quero ser uma empresa de fazer projetos, quero ser um escritório que cria projetos personalizados.
O que é um projeto de sucesso?
Quando o cliente consegue executar de 70% à 80% o que planejamos, fico muito satisfeita. Algumas vezes o projeto é mutilado por motivos variados. É normal ter que mudar alguns detalhes e etc. Mas quanto menos mutilado, mais satisfeita. Gosto que os projetos se aproximem ao máximo daquilo que sonhei para eles.
Qual o perfil de seus clientes hoje? Isso mudou desde o início de sua carreira?
Com certeza a procura por um Designer de Interiores ou um Arquiteto é muito maior do que há 19 anos. As pessoas estão se convencendo de que vale mais a pena investir em um projeto do que fazê-lo por conta própria. Hoje, algo que antes era procurado apenas pela classe A, tornou-se acessível para as classes B e C. Eu faço projetos de todos os tipos, dos mais caros aos mais baratos. Todos representam um tipo de desafios e, sem dúvida, precisamos de todos os clientes. É possível realizar um bom projeto com uma verba pequena?
Sem dúvida, envolve mais malabarismos. Afinal, é muito fácil o cliente falar que tem R$10 milhões pra gastar. Eu vou até a Gabriel Monteiro da Silva e resolvo tudo. Ou, em último caso, pegamos um vôo para Milão e resolvemos por lá. Quando o orçamento é apertado, temos que tomar cuidado para não cair no simples demais. Preocupo-me em fazer sempre algo super charmoso, que tenha estilo. É claro que é mais complicado, mas é possível sem sombra de dúvida. São desafios da profissão, mas eu adoro.Há pouco tempo, fiz um projeto de uma loja e gastamos pouquíssimo. As paredes foram feitas com caixas de frutas que conseguimos no CEASA, contratamos um bom marceneiro e ficou simplesmente belíssimo. Não há quem entre na loja e não adore o projeto.
Como funciona o seu escritório?
Hoje meu escritório principal fica em Belo Horizonte e tenho uma filial em São Paulo. Em Minas, somos em 10 pessoas. Em São Paulo o time é um pouco menor, são três Arquitetos, porque serve de apoio para obras e etc. Mas praticamente tudo é decido em BH. Tenho muita vontade de expandir o escritório de São Paulo e acredito que estou perto de conseguir.
O que você diria para um profissional que está começando?
Primeiramente, ele deve ser muito apaixonado pela profissão. Para ser um bom profissional você precisa se dedicar, a Arquitetura ou Design de Interiores é algo que exige muito. É preciso estar sempre atendo a todos os detalhes e acompanhar tudo. Assumimos muitas responsabilidades. Além disso, é preciso muita dedicação, muita fibra e muita obstinação. É um mercado cada vez mais repleto de concorrentes com grande potencial. Mas, destacar-se depende apenas do profissional. Ele tem que ter informação, tem que ter esmero. Não é o curso que forma um bom profissional, é o dia-a-dia.
Qual a importância de ser um associado ABD?
Sou associada desde 1995. A ABD nos une, nos dá instrumentos pra driblar as dificuldades, informação e força junto ao mercado. Além de proporcionar confraternização entre os profissionais, troca de experiência e proximidade com os fornecedores em congressos e eventos. Além disso, as palestras voltadas para o lado burocrático são maravilhosas. Elas nos ensinam a ser menos artistas e mais empresários. O que é, sem dúvida, uma grande dificuldade para os profissionais da área.